Técnicas
Muito embora os diferentes departamentos se sintam levados a conceder, consoante a natureza da sua área disciplinar, uma maior ou menor proeminência ao imperativo técnico (e a dimensão da prática se apresente, desde sempre, como parte integrante da identidade da escola), as técnicas/tecnologias não constituem o cerne do tipo de ensino e aprendizagem que distinguem o Ar.Co. Mais do que isso, a pedagogia da escola contém, no seu melhor, uma exibição do carácter operatório, subjectivo e órfão de programa do lugar “técnico” no ensino artístico actual. Por um lado, os departamentos recorrem a técnicas e tecnologias como um serviço, adquirindo este ou aquele equipamento, convidando este ou aquele especialista, artesão ou praticante de excelência, num momento dado e de acordo com os programas que desenvolvem. Por outro lado - e de uma forma nem sempre directamente ligada à prática formativa corrente -, é um facto que técnicas são demonstradas, comentadas, aplicadas e praticadas (o seu exotismo pode captar um nível mais alto de atenção nos alunos). Técnicas respeitantes à utilização da madeira ou da pedra têm forte presença na escola nos anos 80, como o terão também as técnicas da ourivesaria tradicional, os processos “antigos” na Fotografia (que, como o Design Gráfico, a Ilustração/Banda Desenhada ou o Cinema/Imagem em Movimento recorrem necessariamente, também, às novas tecnologias), mas também as inúmeras técnicas, mais e menos tradicionais, utilizadas pela Cerâmica e ainda técnicas sem “área” pedagógica que aparentemente as justifique (a tapeçaria, a tecelagem, o vitral). Se as áreas das artesanias ou crafts “de autor” são as que mais abertamente divulgam e exploram o potencial de certos saberes técnicos tradicionais ou mesmo raros, os olhares “arqueológicos” para o interior das dimensões técnicas associadas a uma ou mais disciplinas interessam todos os departamentos. Quando as novas tecnologias passam a determinar a sobrevivência e o desenvolvimento das áreas práticas (o que acontece de forma bem clara, por exemplo, nas áreas lidando com informática e registos digitais de imagem e som), a pedagogia integra esta condição com naturalidade e sem novo-riquismo, fazendo questão de não confundir a componente “técnica” com o pensamento criativo.
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"Simpósio Internacional de Escultura em Pedra - Évora 81". 1981.
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Workshop "Polaroid" com jorge Guerra. Departamento de Fotografia, Ar.Co, 1997.
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Workshop de construção de forno portátil para queima Raku dirigido por Martim Santa Rita. departamento de Cerâmica, Ar.Co, 2011.
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Workshop de Cerâmica - técnica de "Verguinhas". Ar.Co, Almada, 2007.
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Workshop de técnicas de construção em adobe e taipa dirigido por Elsa Figueiredo. Departamento de Cerâmica, Ar.Co, 2007.
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Workshop de Ambrotipos/processo de colódio húmido com Luís Pavão. Departamento de Fotografia, Ar.Co, 2010.
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Workshop de queima soenga dirigido por Elsa Figueiredo no departamento de Cerâmica, Ar.Co, 2007.
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Workshop de moldes dirigido por Venâncio Neves, departamento de Escultura, Ar.Co, 2006.