Cinema
Em registos muito diversos, o Cinema mantém forte e prolongada presença na vida do Ar.Co. Logo em 1973 é área de formação (integrada no Departamento de Imagem/Audiovisuais, sob a orientação de Luís Galvão Teles e Ana Hatherly). Em 1976/77 a cadeira intitulada “cinema/diaporama” surge no sector de Audiovisuais, estando a parte do cinema a cargo de Ana Hatherly. Não menos importante, o cinema é também área de divulgação: a escola mostra filmes para ilustrar e documentar as mais variadas temáticas (a estreia mundial do filme sobre o atelier de Mondrian, no ano do centenário do seu nascimento, que Harry Holtzman passa no Ar.Co antes de o levar para o MOMA de Nova Iorque), filmes portugueses que os seus autores querem mostrar, encontrando na escola uma porta sempre aberta (os filmes de Luís Noronha da Costa, a estreia das “Máscaras” de Noémia Delgado) ou ainda grandes clássicos da arte cinematográfica. A muito vasta e continuada programação destes últimos situa-se, sobretudo, entre 1973 e 1980. A colaboração com variadíssimas entidades - o Museu Nacional de Arte Antiga até 1975, um não acabar de embaixadas e institutos - é crucial para o sucesso da tarefa, mas é sobretudo a partir de um acordo com Manuel Félix Ribeiro, então Director da Cinemateca Nacional, que o Ar.Co se “substitui” durante durante quase uma década a essa entidade (cuja actividade própria se interrompe com o fecho do Palácio Foz). Finalmente, o Cinema é ainda (na década de 70 e início dos anos 80) uma área na qual o Ar.Co fornece conteúdos, surgindo também frequentemente como promotor e produtor (é o caso da produção Ar.Co/Cinequipa dos 5 filmes dirigidos por João e Fernando Matos Silva para a RTP, em 1979, sob o título “Imaginações da Matéria”, ou ainda do convite feito a Manuel de Oliveira para filmar o “Simpósio Internacional de Escultura em Pedra-Porto 85”). Os programas formativos na área da imagem em movimento só voltarão ao Ar.Co através do Vídeo: pontualmente na década de 80 (há Vídeo nos Cursos Intensivos do FRT em 1986), mais sistematicamente na década de 90, com o lançamento de pequenos cursos e workshops em Filme e Vídeo e por via das experiências nesta área de alunos do Ar.Co estagiando em escolas internacionais (Pedro Paixão em 1996 e Pedro Tropa em 1997 na School of the Art Institute of Chicago, Marina Reker na School of Visual Arts em 1998/99). Edgar Pêra (1995) e Laurent Simões (1996 – 2003) orientam formação de curta duração em Vídeo e Super 8 e chega a existir, nominalmente, um Centro de Audio e Vídeo, que se liga à Escultura em 1998/99 e termina no ano lectivo 2003/04. Uma actividade formativa mais estruturada e mais abrangente na área da imagem em movimento e do som chega em 2004 pela mão de Marcelo Costa, com a criação do curso “Video/Som e Novos Media de Autor”, que se tornará em departamento no ano seguinte e mudará sucessivamente o seu nome para “Video/Audio e Novos Media” (2006/07) e “Cinema/Imagem em Movimento” (2007/08).
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Iniciação ao Cinema, orientação de Luís Galvão Teles, 1973. Na imagem: José Fonseca e Costa, professor convidado.
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Primeira experiência de pintura sobre película. Orientação de Ana Hatherly. 1974-1977.
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Still de filme realizado no curso Cinema de Animação. Orientação de Ana Hatherly. 1978/79.
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Programa de Cinema Francês no Ar.Co. 1982.
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Filmes Portugueses no Ar.Co. 1983.
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Cartaz de Robin Fior para programação de Cinema no Ar.Co, 1976.
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Curta de Teresa Areal Rothes na "Exposição de Outono" de 2016,Ar.Co, Quinta de S. Miguel, Almada.
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Video "Instalações do Ar.Co 25 Anos", Pedro Tropa, 1998 (still).
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Realizador João Pedro Rodrigues convidado a falar no Ar.Co do seu filme "O Ornitólogo", Out, 2016.
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"Diaporama" - peça fílmica realizada por alunos do departamento de Cinema/Imagem em Movimento do Ar.Co para a Fundação Calouste Gulbenkian - Dia dos Museus, Maio 2018.
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Aníncio de vídeos "Arkivos Luso-Galáktikos" com autor Edgar Pêra. Ar.Co, Lisboa, 1995.
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Exercício, Curso de Cinema de animação, com Manuel Pires, 1978 (film still).