Projecto Individual
Embora o Ar.Co tenha feito, ao longo do tempo, usos muito diversos desta opção de frequência, o Projecto Individual (designação que substitui a de “Fase de Projecto”) mantém muitas das características programáticas descritas no folheto informativo de 1975, onde são mencionadas as fases sucessivas que levam à finalização, em cada um dos sectores, de um percurso formativo estruturado no Ar.Co: Fase de Iniciação, Fase 1, Fase 2 e Fase de Projecto. Para a realização desta última, “o participante apresenta à Direcção do Ar.Co uma proposta de trabalho especializado que, uma vez aprovada executará em horário livre, com o apoio da Associação e a colaboração de outras instituições e entidades”. O Projecto implica pois uma liberdade e uma responsabilização acrescidas, dado que os recursos ao dispôr do candidato se abrem para além do tipo de apoio fornecido na “sala de aula”, tornando-se mais adequados aos objectivos, orientações e disponibilidades reais do(a) aluno(a). A caracterização desta opção escolar no actual website do Ar.Co diz algo de semelhante, mas revelando já um grau de abertura inerente aos diferentes entendimentos, por parte dos departamentos, do “bom uso” desta opção formativa: “O Projecto Individual é uma unidade de frequência relativamente informal quando comparada com os cursos, caracterizando-se por um programa de estudos mais personalizado e por uma duração que pode ser variável. O trabalho é realizado sob orientação e responsabilidade directa de um tutor/professor proposto, ou mais do que um. As formas de acompanhamento do(a) participante e a utilização de serviços, equipamentos e espaços, bem como a frequência de aulas, são decididas caso a caso. O Projecto individual pode ser um grau intermédio dos estudos ou um grau terminal. No primeiro caso há opções subsequentes (Cursos Avançados); no segundo, o Projecto estende-se até que seja dado como terminado, devendo o trabalho produzido integrar a exposição pública anual de Bolseiros & Finalistas. Numa escola cuja história se caracteriza por uma concepção muito elástica e aberta do que deve ser a oferta pedagógica, o Projecto Individual é a modalidade de frequência que melhor emblematiza o conceito de “aprendizagem” do Ar.Co: cada caso é um caso.
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João Martins. Projecto Individual - Joalharia. "Sem Título", 1997. Corno, madeira e folha de ouro.
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Frederico NS. Projecto Individual - Fotografia. "Sem Título" (V.2000), 2000. Ilfachrome.
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Miguel Gomes. Projecto Individual – Joalharia. “Espaço vazio existente na mão”, 2001. Quartzo rosa, prata e acrílico.
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Tânia Simões. Projecto Individual - Fotografia. "Flare 0,5", 2001. Fotografia a preto e branco.
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Tiago Jesus. Projecto Individual - Cerâmica. "Mutant Vase", 2006. Técnicas mistas; grés; vidrado Temoku em redução.
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Nuno Henrique. Projecto Individual - Desenho. "O velho Dragoeiro que existia na Ponta do Garajau caiu ao mar durante uma chuvada intensa de sudeste, ocorrida no equinócio de Outono de 1982", 2009. Papel humedecido pressionado sobre inscrição lapidar.
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Manuel Suárez Eirís. Projecto Individual - Desenho e Cinema/Imagem em Movimento. "Desocultamento - Hospital Júlio de Matos". 2009. Video.
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Pedro Calhau. Projecto Individual - Artes Plásticas. "Sem Título", 2011. Óleo sobre tela.
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Typhaine Le Monnier. Projecto Individual - Joalharia. 2011. Anel - latão, pedra e plástico.
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Dileydi Florez. Projecto Aplicado de Ilustração. 2012-13. Guache, papel.
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Alexander Husum. Projecto Individual - Fotografia. "Paper portals IV", 2013. Impressão a jacto de tinta.
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Pablo Barreiro. Projecto Individual - Cerâmica. "Coluna". 2014. Porcelana.
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Maria Ana Vasco Costa Projecto Individual - Cerâmica. "Sem Título". Barro e grés. Vidrados. 2014.