ABECEDÁRIO

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Madeira

Orientado por João Hogan em 1978/79, o “sector” (ou Oficina) de Madeira é um exemplo expressivo de como a dimensão experimental do Ar.Co se estende, em certos casos, à própria definição e implementação das suas áreas de actuação. A Madeira é um episódio breve que (como o Vidro, a Serigrafia ou a Tecelagem) não pôde prosseguir. Mas emblematiza uma atitude da escola que, noutros casos, produz projectos não apenas sólidos e duradouros como pioneiros (o caso da Ourivesaria/Joalharia de Autor, que tem origem na chegada a Portugal de Tereza Seabra e Alexandra Serpa Pimental, munidas dos seus equipamentos próprios e desejando aplicar os conhecimentos e a experiência obtidos). Se a maioria dos sectores nasce da vontade de testar e desenvolver áreas da prática criativa cuja presença é “óbvia” numa escola de artes, o Ar.Co decide dar a oportunidade a outras áreas porque, muito simplesmente, surgem num momento dado uma competência e uma apetecência. É esse, claramente, o caso da Madeira, motivada pelos dotes de João Hogan na arte da marcenaria (ofício que aprendera e praticara entre os 16 e os 25 anos), como o será igualmente da Gravura (na qual Hogan era igualmente proficiente e que também orientou). Pedro Furtado Ramos, cujo talento se revela enquanto aluno de Hogan, orienta ainda esta experiência em 1979/80, mas o sector estingue-se no final desse ano por não ser viável.


  • Large madeira escultura   jo o hogan   1  sem. 1978 79

    Oficina de Madeira, Ar.Co, Lisboa. João Hogan, 1978-79.

  • Large madeira escultura   jo o hogan   1  sem. 1978 79   1

    Oficina de Madeira, Ar.Co, Lisboa, 1978/79.